Artrose ou Artropatia Degenerativa Acromioclavicular
A artrose ou artropatia degenerativa acromioclavicular é uma das causas mais comuns de dor no ombro e acomete preferencialmente indivíduos dos 30 aos 50 anos de idade normalmente associada com atividades esportivas ou profissionais que exigem elevação dos membros superiores acima do nível da cabeça como esportes de arremesso, natação e musculação.
O que é a articulação acromioclavicular?
É a articulação entre a região distal da clavícula e um processo ósseo da escápula chamado acrômio.
É uma articulação incongruente, isto é, as superfícies de cartilagem dos dois ossos que compõem esta articulação não tem um encaixe perfeito. Isto leva a um desgaste precoce e podemos encontrar uma artropatia degenerativa da articulação acromioclavicular em pacientes com menos de 50 anos de idade.
Mas o que é essa artrose?
Uma articulação para ter uma movimentação adequada e sem dor precisa ter suas superfícies recobertas de cartilagem saudáveis, lisas e bem lubrificadas.
Na artrose ou artropatia degenerativa da articulação acromioclavicular ocorre um desgaste da cartilagem podendo causar dor e incômodo.
Quais são os sintomas da artrose ou artropatia degenerativa acromioclavicular?
O sintoma mais comum é dor no ombro que ocorre mais comumente quando o paciente eleva o braço acima da cabeça. É comum os pacientes referirem como uma “dor na clavicula“.
A dor é predominantemente na região superior do ombro sobre a articulação acromioclavicular, mas pode irradiar para os músculos trapézio e deltóide.
Quais exames fazem o diagnóstico desta doença?
Na radiografia do ombro podemos observar diminuição do espaço articular, cistos e esclerose subcondral, bem como osteófitos na articulação acromioclavicular.
A ressonância magnética do ombro pode também demostrar estas alterações e tem como vantagem permitir o diagnóstico de outras lesões concomitantes no ombro, como roturas do manguito rotador, lesões labrais e da cabeça longa do bíceps.
Entretanto, é importante ressaltar que comumente encontramos, no laudo da ressonância magnética do ombro de diversos pacientes, a presença de artropatia degenerativa da articulação acromioclavicular.
Este achado muitas vezes não é significativo e não tem correlação com os sintomas do paciente, outros problemas no ombro são as causas da dor nestes pacientes.
Como é o tratamento da artrose ou artropatia degenerativa acromioclavicular?
O tratamento da artrose acromioclavicular é preferencialmente não cirúrgico. É utilizado anti-inflamatórios, analgésicos e o tratamento fisioterápico.
Devem também ser evitados movimentos repetitivos de elevação dos ombros, especialmente aqueles com carga.
O tratamento fisioterápico pode ser prescrito. Com os seguintes objetivos:
- Aumentar a flexibilidade do ombro;
- Fortalecer a musculatura ao redor da escápula;
- Fortalecer o manguito rotador, protegendo a articulação acromioclavicular.
Se este tratamento for ineficaz pode ser realizada uma infiltração com corticóide nesta articulação.
Tratamento cirúrgico – quando está indicado e como é realizado?
O tratamento cirúrgico está indicado quando todas as medidas do tratamento não cirúrgico falham. O tratamento cirúrgico consiste na remoção ou ressecção da clavícula distal (Mumford).
Pode ser realizado pelo método aberto ou por artroscopia. A vantagem do tratamento artroscópico é a preservação do músculo deltóide e do ligamento acromioclavicular superior. Isto permite uma recuperação mais rápida.