O Olécrano é a parte da ulna, um dos ossos do antebraço, mais próxima do cotovelo. A fratura do Olécrano é uma fratura comum do cotovelo e ocorre principalmente em dois grupos de pacientes: pessoas jovens que sofreram traumatismos de grande energia ou em pessoas idosas após queda da própria altura.

Radiografias do cotovelo (olecrano em amarelo)

Radiografias do cotovelo (Olécrano em amarelo)

Anatomia do Olécrano

O Olécrano é região da ulna mais próxima do cotovelo. Pode ser palpado na região posterior (trás)  do cotovelo, como uma saliência óssea.

Anatomia do olecrano

Anatomia do Olécrano

 

Causas da fratura do olécrano

As fraturas do Olécrano representam aproximadamente 10% de todas as fraturas dos membros superiores. Esta fratura é mais comum nos pacientes acima de 50 anos de idade.

A causa mais comum destas fraturas são as queda da própria altura, representando 70% de todas as fraturas do Olécrano .

Menos comumente, traumatismos de alta energia, como aqueles resultantes de eventos esportivos ou acidentes com automóveis ou motos, podem ocasionar estas fraturas.

Em aproximadamente 25% de todas as fraturas do Olécrano , podemos ter outras fraturas no mesmo membro, sendo a fratura da cabeça do rádio a mais comum.

Diagnóstico da fratura do olécrano

As fratura desta região da ulna podem ser diagnosticadas por radiografias simples. Dor no cotovelo é um dos principais sintomas.

Uma tomografia computadorizada pode ser solicitada em fraturas muito fragmentadas ou na presença de outras fraturas do cotovelo, como as fraturas da cabeça do rádio ou do processo coronóide, para facilitar o planejamento cirúrgico. Leia mais sobre outras fraturas do cotovelo.

Radiografia do cotovelo demonstrando uma fratura do olecrano (seta)

Radiografia do cotovelo demonstrando uma fratura do olecrano (seta)

Tratamento para fratura do olécrano

As fraturas do olécrano são tratadas, preferencialmente, com cirurgia. Apenas as fraturas verdadeiramente sem desvio podem ser tratadas sem cirurgia.

Pacientes muito idosos ou com múltiplas doenças que impeçam o tratamento cirúrgico também podem ser tratados sem cirurgia.

Os pacientes devem ficar imobilizados por 4 semanas com um gesso axilopalmar e posteriormente são encaminhados para o tratamento fisioterápico.

Paciente imobilizados por 4 semanas com um gesso axilopalmar

A Cirurgia

Os objetivos da cirurgia para estas fraturas são recuperar:

  • a estabilidade da articulação do cotovelo;
  • a congruência articular, ou seja, o formato da articulação;
  • o mecanismo extensor do cotovelo (a função de movimentação do tríceps).

Essas fraturas podem ser tratadas por dois métodos de fixação: a banda de tensão ou com placa e parafusos.

  • Para fraturas mais simples, os dois métodos de fixação são válidos.
  • Para fraturas mais complexas e com muitos fragmentos ou associadas a luxação do cotovelo, a fixação com placa e parafusos é a melhor opção.
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Fratura do Olécrano fixada com banda de tensão (A) e com placa e parafusos (B)

Após o tratamento cirúrgico, o paciente é encaminhado para a fisioterapia o mais breve possível. O objetivo é restabelecer a movimentação do cotovelo e evitar a rigidez.

Complicações

As complicações mais comuns das fraturas do Olécrano são:

  • Perda de movimentação do cotovelo ou rigidez;
  • Não consolidação da fratura;
  • Deiscência da ferida cirúrgica;
  • Infecções;
  • Neurite do nervo ulnar;
  • Ossificação heterópica;
  • Artrose pós-traumática;
  • Material de síntese salientes.

Uma pequena perda da movimentação no final da extensão e flexão do cotovelo é encontrada em muitos pacientes.

Para saber a melhor opção de tratamento, consulte um especialista de ombro e cotovelo.