O surf é praticado no Brasil há aproximadamente 60 anos. No início, era praticado por um pequeno grupo de jovens nas praias do litoral carioca ou paulista. Entretanto, o esporte ganhou muitos adeptos e atualmente além de uma boa parcela praticar esse esporte, já temos até ídolos campeões mundiais.
Nos anos de 2014 e 2015, tivemos 2 campeões mundiais brasileiros (Medina e Mineirinho), seguido de um bicampeonato de Medina em 2018. Em 2016 foi oficialmente assumido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como esporte olímpico, onde será praticado a partir dos Jogos Olímpicos de 2020, no Japão.
A Dor no ombro está entre as principais queixas dos surfistas, e não é de se estranhar, na prática do surf, o surfista pode dar mais de mil braçadas e facilmente ter uma queda.
Durante a remada, o ombro é submetido a amplas mudanças no seu posicionamento e a fortes contrações dos músculos peitoral maior, serrátil anterior, grande dorsal e trapézio, principalmente no momento de pegar a onda onde o surfista utiliza toda sua potência muscular para produzir um empuxo para o “drop”.
Este esforço de modo contínuo pode ocasionar diversas lesões no ombro por sobrecarga. Entre as lesões mais frequentes nos surfistas, temos:
Evidentemente que o tratamento pode variar conforme o diagnóstico do paciente. Entretanto, em todos os surfistas devemos realizar exercícios de alongamento da capsula posterior dos ombros, músculos peitorais e trapézio superior.
Realizar o fortalecimento dos músculos romboides, serrátil anterior e dos rotadores externos e internos dos ombros que são estabilizadores importantes da escápula.
Também devem ser utilizados gelo, antiinflamatórios e repouso enquanto houver dor e sintomas.
Outro problema muito comum entre os surfistas são as luxações do ombro.
Durante uma queda da prancha, o braço pode sofrer uma rotação súbita em abdução e rotação externa e ocasionar um deslocamento anterior da articulação do ombro. Veja no vídeo Kieren Perrow tem uma queda e consequentemente o ombro deslocado (luxado) em Pipeline.
Quando o ombro luxa, frequentemente ocorrem lesões nas estruturas ligamentares responsáveis pela estabilidade da articulação.
Após o ombro deslocar ou sair do lugar, o tratamento imediato é reduzi-lo, isto é, recolocá-lo na sua posição original, restabelecendo o contato articular entre a cabeça do úmero e a glenóide.
Isso deve ser feito por um médico e em ambiente hospitalar após avaliação clínica e realização de radiografias. Após o ocorrido é necessário passar por uma avaliação criteriosa para definir os próximos passos do tratamento da luxação no ombro.
O tratamento mais adequado para o paciente depende da idade, número de luxações, bem como as lesões encontradas na ressonância magnética.
Outras lesões comuns nos surfistas após queda da prancha são as fraturas da clavícula, luxações acromioclaviculares ou fraturas do úmero.
Ao sofrer qualquer lesão no ombro ou nos primeiros sintomas de dor, procure um especialista em ombro para o correto diagnóstico e tratamento. Não fique “boiando” e boas ondas!
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