A tendinopatia é o processo degenerativo de um tendão. Na tendinopatia do supraespinal e do manguito rotador ocorrem alterações no número e na composição das fibras colágenas dos tendões, que diminuem a resistência e a elasticidade dos tendões.
No ombro, o conjunto de tendões chamados de manguito rotador são formados pelos tendões supraespinal, infraespinal, subscapular e redondo menor. O tendão supraespinal é o mais comumente acometido pela tendinopatia.
A bursa é uma “bolsa” que recobre os tendões facilitando seu deslizamento. Por sua vez, a bursite é a inflamação da bursa. Ela é considerada a causa mais comum de dor nos ombros por muitas pessoas, mas este conceito não está correto. Na verdade, a tendinopatia do manguito rotador é o principal problema.
A causa da tendinopatia do manguito rotador é multifatorial, dificilmente conseguimos apontar uma única causa. Fatores genéticos, tabagismo, reumatismos, diabetes podem ocasiona-la.
Esforços repetitivos com os ombros, especialmente aqueles no qual o braço fica acima da altura da cabeça e traumatismos também podem gerar um processo degenerativo dos tendões do manguito rotador.
Não devemos esquecer que a postura do tronco também é importante, pois permite que a escápula fique bem posicionada ao realizarmos o movimento de elevação do braço e impede que os tendões colidam contra o acrômio, ocasionando a “síndrome do impacto”.
A colisão dos tendões contra o acrômio pode por atrito levar a degeneração destes tendões.
Entretanto, a maior causa das tendinopatias do manguito rotador é a própria idade do paciente. A rotura e a tendinopatia do manguito rotador têm uma tendência crescente com a idade.
Cinquenta por cento das pessoas maiores de 70 anos possuem uma rotura do manguito rotador.
Os principais sintomas são dor no ombro, principalmente na região lateral e que piora a noite ou ao deitar na cama.
Os pacientes podem ter dificuldade de elevar o braço pela dor. Não é comum ter restrição da movimentação ou perda de força.
Essa tendinopatia é uma das principais causas de dor no ombro. Através do exame físico e de exames de imagem, como a ultrassonografia ou ressonância magnética podemos confirmar o diagnóstico.
Mas é importante salientar que o laudo de um exame descrevendo a presença de tendinopatia não significa necessariamente que esta alteração seja a causa da dor no ombro. Outras doenças, como hérnia de disco da coluna cervical, capsulite adesiva ou lesão tipo SLAP podem ser os motivos da dor e não estejam presentes no laudo do exame.
Assim, somente o seu médico através da história e exame clínico juntamente com os exames de imagem poderá informar qual a causa exata do seu problema.
O tratamento da tendinite do ombro é sempre inicialmente não-cirúrgico, podemos utilizar gelo, antiinflamatórios e analgésicos. Devem ser evitados também os fatores que iniciaram ou agravaram os sintomas.
Portanto, devem ser reduzidos os movimentos repetitivos com os ombros; como ativivdades físicas por exemplo.
Dr. Jorge Assunção
O tratamento fisioterápico envolve, inicialmente, um protocolo de analgesia, que pode incluir a utilização de gelo ou calor local com a utilização de ultra-som, ondas curtas ou outros meios físicos.
Posteriormente, são seguidos protocolos de alongamento e fortalecimento da musculatura ao redor da escápula e do manguito rotador.
Uma infiltração no ombro com corticoide pode ser utilizada nos casos refratários às medicações por via oral.
Dr. Jorge Assunção
Lembrando que as infiltrações devem ser utilizadas com cuidado, pois podem enfraquecer os tendões e aumentar a chance de ocorrer uma ruptura.
Raramente é utilizada. Deve ser realizado o tratamento não-cirúrgico por 6 a 9 meses. Na maioria dos pacientes esse tratamento é eficaz.
Caso o paciente não apresente melhora pode ser indicada uma artroscopia para remoção da bursa inflamada e remoção de esporões do acrômio, aumentando o espaço para os tendões.
Ainda durante a artroscopia, os tendões podem ser visualizados diretamente. Se houver alguma lesão no tendão não diagnosticada nos exames de imagem, ela pode ser reparada.
Também conhecida como tendinite no ombro, é o processo degenerativo do tendão supraespinal onde ocorrem alterações no número e na composição das fibras colágenas dos tendões, que diminuem a resistência e a elasticidade dos mesmos.
Os principais sintomas são dor no ombro, principalmente na região lateral e que piora a noite ou ao deitar na cama.
Gelo, antiinflamatórios e analgésicos junto com a paralização de movimentos que causaram o problema. Fisioterapia com protocolo de analgesia, que pode incluir a utilização de gelo ou calor local com a utilização de ultra-som, ondas curtas ou outros meios físicos. Alongamento e fortalecimento da musculatura ao redor da escápula e do manguito rotador são recomendados. Em alguns casos a infiltração no ombro com corticoide é recomendada e se após 9 meses não obtiver resultados satisfatórios, só então a cirurgia é indicada.
CID 10 – M75 – Lesões do ombro
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Eu tenho roptara parcial de alto grau na zona crítica do infraespinhal e na transição para o supraespinhal +tendiopatia do supra e subescapular + lesão degenerativa porção superior da glenoide. Faço tratamento á ános no hospital das clínicas Ribeirão Preto.
A última consulta faz 3 meses e o médico disse pra continuar com fortalecimento só que estou sentindo fortes dores no ombro e vão para o pescoço. Não estou aguentando mais.
São 3 anos de tratamento e falam que ainda não posso fazer cirurgia porque ainda sou nova 55 anos. Com tempo posso perder a cirurgia. Gostaria de ter uma resposta sobre meu caso.
Maria Sirlei, boa noite! Lesões parciais do manguito rotador especialmente as maiores de 50% podem ser candidatas ao procedimento cirúrgico. Sugiro vc procurar mais de 01 opinião.