A Luxação no ombro também conhecida como ombro deslocado, acontece mais frequentemente em indivíduos jovens e praticantes de atividade física. Deve ser tratada de forma adequada, para evitar sequelas e recidivas e possui múltiplas modalidades de tratamento.
O tratamento da luxação no ombro deve ser individualizado para cada paciente. Os fatores relevantes pata a tomada de decisão do ortopedista são: o número de luxações, a idade do paciente, a frouxidão de ligamentar e a presença de lesões ligamentares e ósseas.
A Luxação de ombro é a perda de contato entre os dois ossos que compõem esta articulação: a cabeça do úmero e a superfície articular da escápula (glenóide). As luxações podem ocorrer de dois modos:
Quando o ombro luxa, frequentemente ocorrem lesões nas estruturas ligamentares responsáveis pela estabilidade da articulação. Estas estruturas são a cápsula articular, o lábio ou labrum da glenóide e os ligamentos glenoumerais.
A luxação mais comum é a anterior, isto é, a cabeça do úmero desloca-se para frente em relação a escápula. Neste tipo de luxação encontramos frequentemente a lesão do lábio anterior da glenóide (lesão de Bankart).
Outro problema comum na luxação de ombro é a lesão de Hill-Sachs, uma fratura com afundamento da cabeça do úmero. Ela ocorre pois a cabeça do úmero colide com a borda anterior da glenoide. Esta colisão causa o esmagamento da cabeça do úmero, pois é um osso mais frágil que o osso da glenoide.
Em pacientes acima de 40 anos, além das lesões ligamentares, a luxação pode levar a lesões do manguito rotador.
A principal complicação é a cicatrização inadequada das estruturas ligamentares que pode levar a luxação recidivante do ombro., ou seja, os deslocamentos podem ocorrer com maior facilidade.
Em alguns pacientes podem ocorrer luxações dormindo ou em atividades banais do cotidiano.
Episódios múltiplos de luxação do ombro aumentam o tamanho da lesão de Hill-Sachs e podem ocasionar fratura ou desgaste da região anterior da glenóide, agravando a instabilidade e aumentando a probabilidade de novas luxações.
Em pacientes maiores que 40 anos, a luxação pode provocar lesão dos tendões do manguito rotador.
Luxações recorrentes podem ocasionar desgaste da cartilagem da cabeça do úmero e da glenoide causando artrose.
Após o ombro deslocar ou sair do lugar, o tratamento imediato é reduzi-lo, isto é, recolocá-lo na sua posição original, restabelecendo o contato articular entre a cabeça do úmero e a glenoide. Isto também é conhecido como redução do ombro.
Isso deve ser feito por um médico e em ambiente hospitalar após avaliação clínica e realização de radiografias.
Após a redução, o paciente deve ser imobilizado com uma tipoia. O tempo de imobilização depende da idade do paciente, pode ser de 2 a 4 semanas imobilizado.
Quanto mais jovem o paciente, maior o tempo de imobilização.
Após este período, o paciente inicia o tratamento fisioterápico para restabelecimento da mobilidade articular e fortalecimento dos músculos do manguito rotador e estabilizadores da escápula.
Alguns artigos científicos recentes têm demonstrado que pacientes com idade inferior a 30 anos podem ter benefício se tratados cirurgicamente após o primeiro episódio de luxação, especialmente se do sexo masculino e praticante de esportes que utilizam os membros superiores. Neste grupo de pacientes, a recidiva dos episódios de luxação do ombro é de 50% sem o tratamento cirúrgico.
Como foi dito anteriormente o paciente fica em torno de 2 a 4 semanas imobilizado com uma tipóia, posteriormente é iniciado o tratamento fisioterápico. A recuperação completa é em torno de 8 a 16 semanas.
A luxação recidivante do ombro é quando o paciente luxou o mesmo ombro duas ou mais vezes. Quanto maior o número de luxações prévias do paciente teve, geralmente, o tratamento é mais difícil. Por isso é importante o tratamento precoce deste problema.
Segundo informações do Hospital Albert Einstein:
Após o primeiro episódio, os tecidos deveriam cicatrizar em uma posição normal para que o paciente não sofresse novos deslocamentos mas infelizmente, essa cicatrização não ocorre na maioria dos casos e, quando ocorre, os tecidos cicatrizam em uma posição anormal. Se não ocorrer a cicatrização correta, o ombro poderá luxar novamente, gerando a chamada luxação recidivante ou instabilidade glenoumeral.
Ou seja, após a primeira luxação existe maior risco de uma nova luxação no mesmo local, maior do que um ombro que nunca ocorreu.
Na luxação aguda, a radiografia é o exame que deve ser utilizado para confirmar o diagnóstico, excluir fraturas associadas e verificar se o ombro foi reduzido adequadamente.
Para pacientes com luxação recidivante no ombro, solicitamos a ressonância magnética. Este exame pode diagnosticar as lesões ligamentares do ombro, a lesão de Hill-Sachs e verificar a presença de outras alterações como lesões tipo SLAP e lesões do manguito rotador.
Nos casos de luxação no ombro, o tratamento não-cirúrgico é indicado para os pacientes que apresentam frouxidão ligamentar sem lesão do lábio ou ligamentos, ou seja, nos casos atraumáticos.
A fisioterapia tem papel fundamental no tratamento da luxação no ombro. O tratamento consiste no fortalecimento dos músculos do manguito rotador e estabilizadores da escápula. E evitando as posições do ombro no qual o paciente sente ele instável.
O tratamento cirúrgico para luxação de ombro está indicado para todos os pacientes com 2 ou mais episódios de luxação do ombro e que possuam lesões ligamentares.
A cirurgia geralmente é realizada por artroscopia. Nesta técnica minimamente invasiva, fazemos a cirurgia através de 3 incisões de 1 cm. São reinseridos os ligamentos lesados junto ao osso, através de pequenos parafusos de 3mm que tem fios de sutura na sua ponta, chamados de âncoras.
Os ligamentos reinseridos no seu local adequado, retensionam a capsula articular, restabelecendo os mecanismos estabilizadores do ombro perdidos durante a luxação.
A cirurgia costuma ter alto índice de sucesso, 90-95% dos pacientes não apresentam novas luxações. Para saber mais sobre a cirurgia para luxação no ombro, consulte o artigo cirurgia para luxação do ombro.
No vídeo abaixo é possível visualizar uma cirurgia da luxação do ombro em que realizei o procedimento como descrito acima.
Em pacientes com grande desgaste ósseo pelas múltiplas luxações (lesões ósseas maiores que 20% da superfície articular da glenoide), o reparo isolado dos ligamentos não é suficiente para restabelecer a estabilidade do ombro.
Nesses casos a cirurgia indicada é a de Latarjet. Nesta cirurgia usamos enxerto ósseo. Este enxerto é retirado de um osso chamado coracoide próximo da articulação do ombro e fixado com parafusos na borda do defeito ósseo. Aumentado a superfície óssea e estabilizando o ombro de modo adequado.
Existem várias causas para a falha da cirurgia, entre elas podemos destacar:
Somente com uma avaliação clinica cuidadosa e exames de imagem pós-operatórios é possível identificar a causa e o tratamento possível para resolução do problema, por isso se esse for o caso não deixe de consultar um médico ortopedista especialista em ombro.
O paciente deve ficar imobilizado com uma tipoia por 1 mês para que o ligamento reinserido cicatrize adequadamente.
Após este período são iniciados os exercícios para restabelecimento da mobilidade articular. O fortalecimento muscular é iniciado com 2 a 3 meses de pós-operatório.
O paciente pode retornar para atividades esportivas sem restrições com 5 a 6 meses após o tratamento cirúrgico.
A Luxação no ombro é a perda de contato entre os dois ossos que compõem esta articulação: a cabeça do úmero e a superfície articular da escápula (glenóide). As luxações podem ocorrer de dois modos: por trauma como acidentes, quedas ou lesões no esporte; também pode luxar sem motivo aparente, por frouxidão nos ligamentos do ombro (atraumática).
A luxação recidivante do ombro é quando o paciente luxou o mesmo ombro duas ou mais vezes. Quanto maior o número de luxações prévias do paciente teve, geralmente, o tratamento é mais difícil. Por isso é importante o tratamento precoce deste problema.
Quando o ombro luxa, frequentemente ocorrem lesões nas estruturas ligamentares responsáveis pela estabilidade da articulação. Estas estruturas são a cápsula articular, o lábio ou labrum da glenóide e os ligamentos glenoumerais. A luxação mais comum é a anterior, isto é, a cabeça do úmero desloca-se para frente em relação a escápula. Neste tipo de luxação encontramos frequentemente a lesão do lábio anterior da glenóide (lesão de Bankart).
Um problema muito comum na luxação de ombro é a lesão de Hill-Sachs, uma fratura com afundamento da cabeça do úmero. Ela ocorre pois a cabeça do úmero colide com a borda anterior da glenoide. Esta colisão causa o esmagamento da cabeça do úmero, pois é um osso mais frágil que o osso da glenoide.
O tratamento cirúrgico para luxação de ombro está indicado para todos os pacientes com 2 ou mais episódios de luxação do ombro e que possuam lesões ligamentares.
Alguns artigos científicos recentes têm demonstrado que pacientes com idade inferior a 30 anos podem ter benefício se tratados cirurgicamente após o primeiro episódio de luxação, especialmente se do sexo masculino e praticante de esportes que utilizam os membros superiores. Neste grupo de pacientes, a recidiva dos episódios de luxação do ombro é de 50% sem o tratamento cirúrgico.
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Boa noite!! Dr. Meu filho tem 20 anos e teve uma fratura no ombro direito, foi realizado uma ressonância na qual acusou a lesão de Hill-Sachs. Foi indicado tratamento cirúrgico, mas ele tem um sério problema de alergia a certos medicamentos, inclusive a própria anestesia. Disseram para a gente procurarmos uma alergista e fazer um acompanhamento alérgico. Logo de cara a alergista disse que o caso dele é delicado e que no momento não seria a melhor opção realizar a cirurgia. Estou desesperada pois o ombro sai do lugar e ele reclama de muita dor. O que eu devo fazer??? Desde já agradeço!
Katia, vc deve procurar 2 bons profissionais: especialista de ombro e um alergista. Para saber mesmo se há indicação de tratamento cirurgico e quais as reais chances de complicações.
Dr. Nós já fizemos isso, ele passou por dois especialistas de ombro e ambos disseram cirurgia, mas não fazem, devido a alergia dele, so se os pais autorizarem, gostaria de saber se existe somente está alternativa?
boa tarde dr., apos queda em uma escada, meu ombro saiu do lugar, e com passar dos anos continuou saindo e com mais frequencia. Em janeiro operei por video, agora estou fazendo fisioterapia. Sou professora de educ. infantil, trabalho com bebes, e crçs ate 3 anos, pegamos no colo, trocamos fraldas, damos banho, pegamos e guardamos colchoes, brinquedos e objetos no alto e o dia todo. Gostaria de saber se poderei continuar com essas funçoes e se ha riscos???
Sabrina, sugiro vc conversar com o seu médico.
Dr. tive uma luxação no ombro direito em 2010 após uma queda e agora tive outro episódio após balançar uma toalha. Seria indicativo de cirurgia?
Mônica, provavelmente sim. Marque uma consulta com um especialista de ombro
Olá doutor boa tarde.eu sofri um acidente de trabalho a 10anos atrás fui encaminhada para sirurgia mas por conta da burocracia não consegui TBM não fui mas atrás porém meu ombro vez ou outra sai do lugar gostaria de saber se si eu for atrás ainda vou precisar de cirurgia?
Maria Elisangela, vc deve ter luxação recidivante do ombro, muitos casos necessitam de tratamento cirurgico.
Boa noite dr tenho 30 anos E .há um ano sofri uma quêda onde quebrei o punho esquerdo e passei sentir muita dor ,agora fiz uma ressonância onde tem as seguintes informação tendoes do manguito rota dor sem sinais de soltura.
Tendao da cabeça longa do bíceps com líquido aumentando ,específico para inflamação,na banhia sinovial.
Presença de edema por impacto de medula óssea subcondal,com superficie condral subjatamente intacta,ao nível da porção postereo lateral da cabeça do umero.
Defeito em formato de Íncisura na porção postero lateral da cabeça do úmero.
De pressão semi circular no contorno da porção posptero lateral da cabeça umeral.medindo aproximadamente 4 mm lesão de Hill schs.
Acromio tipo 2
Articulação gleno umeral apresentando áreas focais de defeito de cartilagem articular .
Lablo glenoude com aumento da sua intensidade de sinal normal .
Sinais de sinovite com apagamento da gordura entre o processo coracoide e a borda glenoide Antero superior . Ainda não levei a ressonância pro meu medico mas estou preocupada será preciso eu fazer cirurgia ou existe tratamento.
O Dr pode me da um auxilio estou muito ansiosa.
Cristiane, boa tarde. O laudo do exame sem uma avaliação clínica tem pouco valor. Melhor vc tentar adiantar a consulta com o seu médico.
Qual é o valor total em média de uma cirurgia de reparo de bankart ?
Felipe, o valor depende da técnica, do hospital, do cirurgião. Consulte um especialista e peça uma cotação.
Dr boa noite. Meu ombro deslocou sem trauma, eu estava apenas com meu filho no colo o que é uma rotina. Na ressonância deu edema e discreta irregularidade compatíveis com Hill Sacks, alteração de sinal no labrum (bankart) e discreta alteração por tendinose. O ortopedista pareceu estranhar o resultado da ressonância por ter aparecido essas lesões mesmo eu não tendo tido nenhum trauma. Levei a ressonância para o perito do INSS que disse que o consta na ressonância significa que já lesionei outras vezes meu ombro e isso não confere pq nunca tive nada no ombro, nem dor. Ele pediu então para eu ir em outro médico e investigar o que tenho. Que o médico deveria ter solicitado ressonância do outro braço pra ver se tenho algum problema ósseo e isso pode acontecer no outro braço.
Queria sua opinião sobre isso. Posso ter tido lesões anterioes sem dor? Posso estar com alguma doença que cause isso?
Daiane, a lesão de Hill-Sachs e do lábio anterior podem aparecer desde o primeiro episódio de luxação, portanto não precisam ter vários episódios para elas surgirem. E existem luxações que podem ser surgir sem trauma.
Att,
Dr Jorge, já tive 3 lesões no ombro, a última enquanto surfava. Após a cirurgia é possível voltar a surfar sem problemas? Com a velocidade necessacia dos movimentos e estabilidade no ombro?
Vitor, o objetivo da cirurgia é devolver a estabilidade que o seu ombro precisa para surfar. A expectativa é que vc volte ao esporte. Sugiro procurar um médico especialista em ombro para uma melhor avaliação.
Att,
Dr., Após alguns exercícios na academia o meu ombro começou a dor. Senti que ele estava como se estivesse "enroscado" e fiz um mocimento de rotação do braço para frente e senti que ele deu um pequeno estalo e voltou ao lugar. A partir daí tenho feito exercícios de fortalecimento de ombro, porém, em algumas ocasiões, sinto que o ombro ainda desloca um pouco e tenho que fazer o movimento de rotação para que ele volte ao lugar. Um médico plantonista me disse que meu caso pode ser cirúrgico, porém não fiz nenhum exame de imagem. Quando o ombro dá essa deslocada, não sinto dor, apenas em alguns movimentos quando isso acontece. Qual a sua opinião? Tenho receio de fazer cirurgias.
Leonardo, vc precisa fazer alguns exames de imagem e precisa ser testada a estabilidade do seu ombro. Sugiro uma consulta com um ortopedista especialista em ombro.
Att,
Ola Dr., tenho luxações de ombro a muitos anos, ano passado, no mês de agosto o médico me disse que deveria fazer a cirurgia, consegui pelo SUS e farei o procedimento nesta quarta-feira (19/09/2018). Como estou fazendo tudo pelo SUS, o meu procedimento não será via artroscopia... Após a cirurgia, caso tudo ocorra bem, poderei vottar a praticar esportes como por exemplo JIU-JITSU?
Grato.
Enrico, a expectativa do tratamento cirúrgico é devolver vc para a atividade esportiva, mas converse com o seu médico para ver qual resultado ele espera para seu caso.