O envelhecimento da população é um fenômeno mundial e no Brasil, atualmente 11% das pessoas têm 60 anos ou mais, no entanto, em 2050, os idosos representarão um terço da população brasileira. Os idosos são responsáveis em torno de 40% das consultas médicas e metade das internações hospitalares gerais e também relacionadas com dor no ombro.
Portanto, é inevitável uma preocupação especial com as pessoas dessa faixa etária, pois elas são portadoras da maior parte das enfermidades.
Queixas de dor no ombro são comuns na população e ocorrem em 67% dos idosos. Nesta faixa etária os problemas mais comuns são a lesão do manguito rotador, a artropatia do manguito rotador e a artrose do ombro.
As lesões do manguito rotador estão presentes em até 50% das pessoas acima dos 80 anos de idade. A artrose do ombro representa 37,5% dos diagnósticos nos pacientes com 80 anos ou mais com problemas nos ombros.
O manguito rotador é o conjunto de 4 tendões com seus respectivos músculos que se localizam no ombro e envolvem a cabeça do úmero. Os tendões são: tendão supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor.
Esses tendões são importantes na boa mobilidade do ombro. É o manguito rotador que nos permite levantar objetos, rodar o braço, arremessar uma bola e realizar diversas atividades da vida diária com os membros superiores. A lesão do manguito rotador é a causa mais comum de dor no ombro.
As lesões podem ocorrer de duas maneiras: traumatismos, por exemplo, acidentes automobilísticos, quedas da própria altura, ao carregar objetos muito pesados; ou com o nosso envelhecimento ocorre um enfraquecimento natural dos tendões, por diminuição ou alteração da estrutura das fibras de colágeno.
Em algumas pessoas por características genéticas ou hábitos/antecedentes pessoais, por exemplo, tabagismo, esforços repetitivos pelo trabalho ou esporte, diabetes, reumatismos, podem ter um maior enfraquecimento do tendão, levando a sua ruptura ou lesão.
Leia mais sobre o diagnóstico e o tratamento destas lesões no artigo sobre a lesão do manguito rotador.
A osteoartrose ou osteoartrite do ombro é uma doença caracterizada por um desgaste da cartilagem que recobre os ossos da cabeça do úmero e da glenoide (escápula).
Uma articulação para ter uma movimentação adequada e sem dor precisa ter suas superfícies recobertas de cartilagem, saudáveis, lisas e bem lubrificadas.
Na artrose do ombro ocorre um desgaste da cartilagem causando dor e diminuição da movimentação. A artrose do ombro é muito menos frequente que a artrose do joelho ou quadril.
Evidentemente que o tratamento vai depender do diagnóstico e da gravidade das lesões. Mas podemos ressaltar que neste grupo de pacientes o tratamento não-cirúrgico é a primeira opção na maioria dos casos.
Podemos utilizar gelo, antiinflamatórios e analgésicos. Devem ser evitados também os fatores que iniciaram ou agravaram os sintomas.
O tratamento fisioterápico envolve, inicialmente, um protocolo de analgesia, que pode incluir a utilização de gelo ou calor local com a utilização de ultrassom, ondas curtas ou outros meios físicos. Posteriormente, são seguidos protocolos de alongamento e fortalecimento da musculatura ao redor da escápula e do manguito rotador.
O tratamento cirúrgico pode ser indicado nos pacientes no qual o tratamento clínico falhou e que não tenham problemas de saúde grave que impeçam sua realização. O tipo de cirurgia depende do diagnóstico do paciente.
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