Aplicar gelo em pancadas, torções, ou seja, em regiões do corpo que sofreram lesões agudas é algo muito comum no nosso dia a dia. O que muita gente não sabe é que a terapia que usa o gelo para tratar esses problemas recebe o nome de crioterapia. E hoje vamos lhe mostrar o que é e qual a função da crioterapia.
A palavra crioterapia é derivada da palavra grega Kryos, que significa frio.
A técnica surgiu na Grécia antiga no ramo veterinário, quando as aplicações eram feitas nas patas dos cavalos de corrida para conter a fadiga.
Atualmente, a crioterapia é usada no meio atlético para evitar lesões e fadigas musculares após os treinos, e também no meio terapêutico para o tratamento de lesões agudas e inflamações.
A crioterapia é a técnica que usa baixas temperaturas para tratar lesões e inflamações local. O objetivo principal dessa técnica é resfriar a região lesionada, o que induz a pele e os tecidos moles a um estado de hipotermia, reduzindo as transmissões das terminações nervosas e fazendo com que o cérebro libere endorfina. Essa substância é capaz de diminuir a dor e, em alguns casos, eliminar completamente a dor.
Além da função anestésica, o gelo também reduz o inchaço, já que aplicar baixas temperaturas na superfície da pele e tecidos adjacentes proporcionamos uma contração nos vasos sanguíneos, que resulta na diminuição do fluxo de sangue.
Em conjunto, o gelo ainda é considerado um dos melhores anti inflamatórios naturais capaz de amenizar a inflamação e fazer um trabalho incrível quando aplicado nas primeiras horas após o paciente sofrer a lesão.
A crioterapia é indicada principalmente para lesões agudas e inflamações, que apresentam como principais sintomas:
Além disso, a técnica também é usada para evitar a fadiga muscular e prevenir as lesões após treinos intensos no mundo atlético e também nas academias. Na verdade o gelo atua nas microlesões que um treino intenso ou de longa duração costuma causar em atletas.
Exatamente por isso que vemos muitos atletas em um tambor de gelo após os treinos mais intensos, é uma das formas mais simples de usar os benefícios do frio.
Hoje já temos soluções mais sofisticadas como as câmaras de crioterapia, que em 3 minutos fazem o mesmo efeito que 20 minutos do tambor de gelo.
Outro uso bastante comum da crioterapia é para fins estéticos, como o criopeeling, por exemplo, uma espécie de peeling que usa o gelo para retirar as camadas de pele morta.
A crioterapia pode ser feita de diversas formas possíveis, das mais básicas as mais avançadas, e pode variar com uso de cremes e géis feitos com mentol e cânfora, até o uso de gelo, nitrogênio líquido, spray ou gelo seco.
No entanto, no caso de lesões, as aplicações mais comuns são:
Para fazer a crioterapia em lesões agudas de uma forma rápida e simples, basta enrolar cubos de gelo em um saco plástico ou em um pano e aplicar na região lesionada. É muito importante que você evite o contato direto entre a pele e o gelo para não ocasionar queimaduras e acidentes, caso opte por esse tipo de aplicação.
A bolsa de gel é um material muito usado atualmente, e tem sido preferência entre os pacientes que fazem o uso da crioterapia. Isso porque, diferente da bolsa de gelo, a bolsa de gel pode ser reutilizada e mantém as temperaturas por muito mais tempo.
Você também pode usar a bolsa de gel para fazer a termoterapia. Isto é: a terapia que usa o calor para relaxamento muscular. Nesse caso também é muito importante que você enrole a bolsa de gel em um pano, já que o plástica da qual a bolsa é feita pode acabar grudando na pele se for aplicado durante muito tempo, e acabar causando pequenas lesões.
Muito usada por atletas, essa aplicação consiste em preparar um local com água e gelo até que a temperatura atinja os entre 10º e 15º. Em seguida, é feita a imersão do local que será tratado dentro da água como o braço ou as pernas, por exemplo.
O tempo da imersão vai variar conforme a indicação do profissional e da tolerância do paciente, sendo em média entre 10 a 2o minutos.
Esse tipo de aplicação é indicado principalmente para atletas, graças a sua maior eficácia por contar com uma área de aplicação maior, e acabar resfriando a região muito mais rápido.
O gelo deve ser aplicado nas lesões de 2 a 5 vezes ao dia, com intervalos mínimos de duas horas entre as aplicações para evitar queimaduras, ou segundo a recomendação de um especialista.
O tempo para cada aplicação dura por volta dos 10 a 20 minutos.
A técnica de compressas de gelo não deve ser aplicada em regiões com cortes, queimaduras e alergias. Afinal, nessas situações o gelo poderia acabar piorando o quadro do paciente. Além disso, pacientes com histórico de alterações na coagulação devem procurar um especialista, pois o gelo poderia desencadear um sangramento intenso durante a terapia.
No momento da aplicação das compressas frias, o indicado é que o paciente não fique parado com a bolsa de gel ou saco de gelo sobre a pele por mais de 1 minuto para evitar danos nos nervos, tecidos e pele. O indicado, nesses casos, é que se mude a posição constantemente entre toda a região afetada.
O tratamento com gelo é especialmente útil artrose do cotovelo, epicondilites, processo inflamatórios e traumatismos.
Sim. Alguns pacientes com alergias respiratórias, por exemplo, devem procurar ajuda médica antes de fazer o uso da crioterapia, já que o gelo pode desencadear uma crise.
Portadores da doença de Raynaud também devem evitar esse tipo de terapia, assim como pacientes com má circulação sanguínea. Esses cuidados devem ser tomados graças à capacidade do gelo de diminuir o fluxo de sangue na região durante a aplicação.
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