A tendinopatia da origem comum dos extensores do antebraço é a principal causa de dor no cotovelo. Também é conhecida como epicondilite lateral ou cotovelo de tenista. Aproximadamente 2% da população terá um episódio de epicondilite lateral do cotovelo durante a vida. Esta doença está associada às atividades profissionais e esportivas. É muito comum em músicos, cozinheiros e quem trabalha diariamente com os computadores.
A tendinopatia da origem comum dos flexores do antebraço é a segunda causa mais comum de dor no cotovelo. É conhecida também pelo nome de epicondilite medial. Este problema é seis vezes menos frequente que a epicondilite lateral. É importante ressaltar que muitos pacientes são acometidos pela epicondilite medial e lateral simultaneamente.
Atividades que realizam movimentos repetitivos do punho ou dos dedos podem causar a tendinopatia dos extensores e/ou flexores do antebraço. Os músculos e tendões responsáveis por estes movimentos tem origem na região lateral e medial do cotovelo (epicôndilo lateral e medial). Estes esforços podem causar inicialmente um processo inflamatório nesta região (tendinite). Entretanto, após este evento podem ocorrer alterações estruturais (tendinopatia) nas fibras de colágeno destes tendões, causando dor crônica e perda de força no cotovelo e punho do paciente. Também alguns fatores genéticos mal compreendidos atualmente parecem favorecer o aparecimento das tendinopatias.
A queixa principal do paciente é dor sobre a região lateral e/ou medial (externa e/ou interna) do cotovelo. A dor pode irradiar para o antebraço, mas o ponto mais doloroso é sobre o epicôndilo lateral e/ou medial. Geralmente, a dor tem início gradual e insidioso e raramente há um evento inicial traumático que inicia o quadro doloroso.
Alguns pacientes podem ter parestesias (formigamento) nas mãos, por compressão do nervo ulnar que está muito próximo ao epicôndilo medial.
O exame clínico e a história do paciente, frequentemente, são suficientes para o diagnóstico. Entretanto, para confirmar o diagnóstico podem ser solicitados os exames de ultrassonografia ou ressonância magnética que possuem ótima acurácia.
Na ultrassonografia são achados comuns a presença de sinais de tendinopatia da origem comum dos extensores ou flexores do antebraço, com aumento da espessura do tendão e áreas hipoecogênicas. Também podem ser encontradas fissuras ou lesões parciais da inserção tendínea. Cabe ressaltar que a presença de fissuras ou lesões parciais da origem dos tendões não indicam o tratamento cirúrgico no cotovelo.
Na ressonância magnética encontramos aumento da espessura do tendão, áreas de hipersinal ou sinal heterogêneo. A presença de fissuras ou lesões parciais da inserção tendínea também não indicam o tratamento cirúrgico.
O tratamento das tendinopatia do cotovelo deve ser inicialmente não cirúrgico, podemos utilizar gelo, anti-inflamatórios e analgésicos. Devem também ser evitados os fatores que iniciaram ou agravaram os sintomas. Portanto, devem ser reduzidos os movimentos repetitivos com o punho e os dedos. Se o problema está relacionado com alguma atividade esportiva deve ser verificado se o equipamento ou gesto esportivo está correto.
Podem ser prescritas órteses no punho ou cotovelo para diminuir a tensão sobre os tendões do cotovelo
O tratamento fisioterápico envolve, inicialmente, um protocolo de analgesia, que pode incluir a utilização de crioterapia, calor local com a utilização de ultrassom, ondas curtas ou outros meios físicos. Posteriormente, são seguidos protocolos de alongamento e fortalecimento da musculatura do antebraço.
O tratamento cirúrgico raramente é necessário, 98% dos pacientes melhoram com o tratamento não cirúrgico.
Infiltrações para a epicondilite lateral e medial do cotovelo podem ser realizadas com diversas substâncias, entre elas: corticoide, anestésicos locais, polidocanol, toxina botulínica, sangue autólogo e plasma rico em plaquetas( PRP). Na literatura médica, os resultados desta modalidade de tratamento é muito controverso. Apenas, as infiltrações com corticoide possuem resultado comprovado que melhoram os sintomas a curto prazo. Existe também uma tendência de melhora nos pacientes que recebem infiltrações com PRP. Entretanto, discuta com o seu médico, as opções de tratamento existentes. As infiltrações devem ser realizadas com cautela.
O tratamento cirúrgico está indicado quando houver falha do tratamento não-cirúrgico, que pode ser realizado por 6 a 9 meses. O tratamento cirúrgico pode ser realizado por método aberto ou por artroscopia (vídeo) e consiste na remoção da porção doente dos tendões e criação de uma área bem vascularizada para cicatrização dos tendões remanescentes. As duas técnicas possuem resultados semelhantes. Se houver compressão do nervo ulnar ou lesão ligamentar associadas, estas devem ser tratadas no mesmo ato cirúrgico.
O paciente fica um curto período com uma tipóia, aproximadamente de 7 a 14 dias. Após 2 semanas são iniciados exercícios para restabelecimento da movimentação do cotovelo. O fortalecimento dos extensores e flexores do antebraço é prescrito após 6 a 8 semanas do tratamento cirúrgico. O retorno ao esporte é previsto após 4 meses do tratamento cirúrgico.
Se puder sempre faça uma consulta com um profissional qualificado, melhor ainda se for um Médico Ortopedista Especialista em Cotovelo.
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Ola boa noite dr entao ja faz 4 anos que tenho epicondeliti lateral e agora fiz novos exames deu tedinopatia gostaria de saber se isso tem cura ja fiz fisterapia mais nao aguentei d dor e a dor continua cada dia pior meu ortopedista falou q agora so cirugia na ressonância magnética q fiz deu aumento e ropitura mais todos esse 4 anos nada mudou dr o que devo faz obrigada pela atenção
Joelia, boa noite! Procure um especialista de ombro e cotovelo
Obrigada dr