O cotovelo é a articulação responsável por delimitar o lugar da mão no espaço. Por ser uma articulação do tipo dobradiça, permite uma grande variedade de movimentos, que são super úteis diariamente. Quando há rigidez do cotovelo, os movimentos ficam prejudicados. Apesar de facilitar nossas vidas, o cotovelo está sujeito a sofrer com pequenas deformidades que podem ocasionar em bloqueios da movimentação.
A rigidez do cotovelo acontece quando a cápsula, o tecido que reveste a articulação, sofre fibrose e com isso ocorrem todos os sintomas que veremos a seguir. Outras causas da rigidez são alterações na superfície de cartilagem da articulação, bem como esporões ou deformidades ósseas.
Essa fibrose da cápsula ou alteração da superfície articular, fazem com que os movimentos sejam restritos.
Um cotovelo normal possui amplitude de movimento de cerca de 0 graus de extensão e 145 graus de flexão e 90 graus de pronação e 90 graus de supinação.
Apesar disso, para realizar as atividades básicas de vida diária uma amplitude de movimento de 25 graus a 125 graus é o bastante.
Para os movimentos de supinação e pronação, uma amplitude de 50 graus é satisfatória.
A rigidez do cotovelo pode acontecer em decorrência de alterações intrínsecas e extrínsecas.
A rigidez de cotovelo acontece principalmente em virtude de fraturas de cotovelo, lesões cartilaginosas, artrose do cotovelo e fibrose da cápsula articular.
É muito comum que a rigidez aconteça também após um prolongado período de imobilização do cotovelo.
O grau de rigidez vai depender de como foi o trauma primário que o cotovelo sofreu e quão acometida foi a superfície articular.
Os principais sintomas da rigidez do cotovelo são:
Inicialmente, o médico especialista deve realizar a anamnese, exame físico e análise clínica do paciente.
Posteriormente, para confirmar hipóteses e descartar outras patologias de sintomatologia semelhante, é ideal que se realize exames de imagem, tais como radio-x, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea.
A radiografia apesar de simples, é de extrema importância por ser capaz de detectar a presença de corpos livres, ossificação heterotópica e osteófitos.
Além de permitir melhor visualização do espaço articular e o posicionamento de implantes, caso o paciente possua.
O tratamento da rigidez do cotovelo é muito complexo por ter muitas alternativas e pela necessidade desse tratamento ser completamente individualizado para atender o que o paciente almeja.
Para decidir a conduta acerca do tratamento, o médico juntamente com o seu paciente, deve levar muitas variáveis em consideração, como:
Para recuperar o movimento e a amplitude desse movimento, existem muitos tratamentos que podem até ser feitos associados.
Os tratamentos conservadores são os mais indicados inicialmente até porque existem boas chances de melhora aceitável através deles.
Os alongamentos são fundamentais no tratamento da rigidez de cotovelo.
Para serem eficazes, os alongamentos devem ser leves, com movimentos padrão e realizados diversas vezes ao dia. Jamais tentar movimentação forçada.
Técnicas de terapia manual, como mobilizações passivas, auxiliam no ganho de amplitude.
Os alongamentos são contraindicados em casos onde existam deformidades importantes. Tais deformidades devem ser corrigidas antes da tentativa de ganho da amplitude de movimento.
A CPM (Continuous Passive Motion) é um método realizado numa máquina que permite que o indivíduo movimente de maneira lenta e progressiva a articulação do cotovelo.
Seu uso é comum em pós cirúrgicos, com objetivo de diminuir o risco de fibrose e novas contraturas
As órteses são muito importantes no tratamento da rigidez de cotovelo pois promovem alongamento de partes moles.
As órteses podem ser estáticas, não permitem movimentos, ou dinâmicas, permite movimento.
O tratamento cirúrgico é indicado quando o tratamento conservador não é eficaz. Quando existem deformidades ósseas e articulares, a intervenção cirúrgica também se torna necessária.
Os procedimentos cirúrgicos podem ser: artroplastia de interposição, Artroscopia, Artroplastia (Prótese) e Liberação aberta; veremos em detalhes cada uma delas.
É uma cirurgia realizada apenas em casos de rigidez associado a perda da cartilagem, principalmente nos indivíduos mais jovens e ativos.
Nesse procedimento cirúrgico, um tecido, que pode ser de outras partes do corpo do próprio paciente ou de doadores, servirá de revestimento para a cartilagem degenerada.
Existem diversas opções de tecidos para fazer a interposição do cotovelo: autólogos, ou seja do próprio paciente, como fáscia lata ou fáscia do tríceps. Ou homólogos, provenientes de doadores, como fáscia lata, tendão de Aquiles, tendão patelar, entre outros.
É associada a liberação aberta das estruturas ligamentares e da cápsula articular para o paciente ganhar movimentação.
Através da artroscopia do cotovelo é possível liberar as contraturas de partes moles.
Porém, caso existam deformidades articulares ou artrose muito importantes, a artroscopia não apresenta resultados satisfatórios.
A artroplastia é a substituição da cartilagem por um implante metálico.
Pode ser realizada substituindo apenas na cabeça do rádio ou pode ser realizada no úmero e na ulna, técnica denominada artroplastia total do cotovelo.
Está indicada para pacientes mais velhos, acima de 65 anos e com pouca atividade funcional.
É uma cirurgia complexa, no entanto muito eficaz para o ganho de movimento.
Nesta cirurgia, são soltos os ligamentos e a cápsula articular do cotovelo para restabelecer a movimentação do cotovelo. Esporões ósseos e deformidade articulares que também possam estar bloqueando a articulação são retirados ou corrigidos. Se houver defeitos importantes na cartilagem pode ser associada a artroplastia de interposição.
No entanto, o pós-operatório deve ser de cuidado intensivo, por ser um procedimento mais invasivo. O pós-operatório adequado ajuda a reduzir o risco de recidiva da rigidez.
Após sofrer fratura, mesmo sem realização de cirurgia para correção óssea, a movimentação precoce do cotovelo é o melhor método para a prevenção da rigidez.
No entanto, é importante salientar que nem toda prevenção pode ser realizada precocemente, daí a necessidade que consultar o seu médico ortopedista especialista em cotovelo para que juntos determinem o melhor momento para retornar a movimentação.
A Lesão SLAP é a lesão do ombro que ocorre no lábio superior da glenóide…
A natação é uma atividade física excelente mas cerca de 90% da força de propulsão…
O número de pessoas que utilizam a bicicleta para o lazer, como meio de transporte…
Estudo realizado por mim com Mauro Emilio Conforto Gracitelli, Gustavo Dias Borgo, Eduardo Angeli Malavolta,…
Muitos usuários e novos pacientes me questionam se a a acupuntura funciona para a capsulite…
O ombro é composto por três ossos e de forma mais simplista, uma junta de…