Fraturas do ombro ou úmero proximal são muito comuns, representando 5% de todas as fraturas do corpo humano. A incidência desta fratura tem tendência crescente com a idade, 70% das fraturas do úmero proximal ocorrem em pessoas acima dos 60 anos de idade. Esta fratura é mais comum nas mulheres e têm uma forte associação com a osteoporose. O risco de uma pessoa com osteoporose ter uma fratura do úmero proximal é 2,6 vezes maior em relação a pessoas sem osteoporose. Dada a associação destas duas doenças, em indivíduos idosos com fratura do ombro é imperativo investigar a presença da osteoporose. O correto diagnóstico e tratamento pode evitar novas fraturas.
Osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa e tecido ósseo que compromete a força e resistência do osso e pode aumentar o risco de fraturas. É uma da doença muito comum, representando um problema de saúde pública. Ela é mais frequente nos indivíduos da raça branca, mulheres e pessoas mais idosas. É uma doença silenciosa até a fratura ocorrer, podendo causar outros problemas de saúde secundários a fratura e a diminuição da mobilidade. As fraturas mais comumente associadas a osteoporose são as fraturas do quadril, coluna, punho e do ombro ou úmero proximal.
O Osso é um tecido vivo, onde acontece um processo contínuo de destruição/reabsorção e formação. Quando ocorre reabsorção óssea em maior quantidade em relação a formação pode ocorrer a osteoporose. Fatores hormonais como a menopousa, genéticos e a idade colaboram para uma diminuição da formação óssea. Por outro lado, atividade física e uma boa alimentação aumentam a formação óssea.
A maioria dos casos de osteoporose são devido a menopausa e a idade. Mas existem outras causas que devem ser investigadas como doenças renais, uso de corticoides, doença reumatológicas, baixa ingesta de cálcio, doenças do trato gastrointestinal e a insuficiência de vitamina D.
Devem ser solicitados exames laboratoriais como dosagem do cálcio sérico, vitamina D, fosforo e magnésio, hormônios da tireoide, PTH, albumina, proteína total e frações, testosterona, hemograma e testes da função hepática e renal. É desejável uma consulta com o geriatra e se não foi realizada uma densitometria óssea nos últimos 12 meses, ela deve ser solicitada.
O tratamento e prevenção da osteoporose envolve uma abordagem multifatorial,
que inclui a investigação e o tratamento dos fatores secundários relacionados ao desenvolvimento da osteoporose, dos fatores associados a um risco maior de quedas, estimulo da atividade física, aconselhamento nutricional e pode envolver o uso de suplementos de cálcio e vitamina D e medicamentos como os bifosfonatos.
As fraturas do (ombro) úmero proximal possuem grande variabilidade em relação ao número de fragmentos ósseos, desvio entre estes fragmentos e qualidade óssea (presença ou não de osteoporose). Além destes fatores em relação a fratura, outros fatores como idade do paciente, nível de atividade e doenças associadas são importantes na decisão entre o tratamento cirúrgico e não cirúrgico. Veja mais detalhes no artigo sobre fraturas do úmero proximal.
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