A Epicondilite medial caracteriza-se por uma tendinopatia (tendinite) dos músculos flexores do punho que se originam na região do epicôndilo medial do cotovelo e está associada a algumas atividades esportivas como musculação, tênis e golfe, entretanto é muito mais comum em pacientes que realizam esforços repetitivos com o punho e antebraço durante suas atividades profissionais. Importante lembrar que esse tipo de epicondilite é seis a dez vezes menos comum que a epicondilite lateral e como especialista em ombro vejo a realidade desses números diariamente.

Origem da Epicondilite medial

Quais são os sintomas da Epicondilite medial?

A queixa principal do paciente é dor sobre a região medial (interna) do cotovelo de caráter insidioso. A dor pode irradiar para o antebraço, mas o ponto mais doloroso é sobre o epicôndilo medial.

Alguns pacientes podem ter parestesias (formigamento) no quarto e quinto dedos da mão, por compressão do nervo ulnar que está muito próximo ao epicôndilo medial.

A principal queixa da epicondilite medial é a dor na região interna do cotovelo

Exames para confirmar o diagnóstico

Muitas vezes, apenas a história e o exame físico são suficientes para o diagnóstico, mas a radiografia do cotovelo é importante para descartar outros dignósticos que podem ser similares.

Para confirmar o diagnóstico em caso de dúvida ainda pode ser solicitado o exame de ultra-sonografia ou ressonância magnética que possuem ótima acurácia.

Quando suspeita-se de compressão do nervo ulnar é solicitada uma eletroneuromiografia dos membros superiores.

Ressonância magnética demostrando acometimento da origem dos músculos flexores do punho (epicondilite medial).

Ressonância magnética demostrando acometimento da origem dos músculos flexores do punho (epicondilite medial).

Como é o tratamento da Epicondilite?

Como na epicondilite lateral, o tratamento não-cirúrgico é a primeira opção e envolve:

  • uso de anti-inflamatórios por via oral
  • compressas de gelo
  • corticoides por via intramuscular.

Os medicamentos e anti-inflamatorios mais usados para o tratamento da epicondilite são: Androcortil, Biprofenid, Cataflampro, Decadron, Dexametasona, Diprospan, Duoflam, Fenaflan, Flanax, Prednisona, Prednisolona, Predsim, Profenid. Mas nunca se automedique, só um profissional qualificado sabe qual a orientação correta em cada um dos casos.

Devem ser evitados também os fatores que iniciaram ou agravaram os sintomas. Portanto, devem ser reduzidos os movimentos repetitivos com o punho e os dedos.

Podem ser utilizadas órteses no punho ou cotovelo para diminuir a tensão sobre os tendões.

O tratamento fisioterápico envolve, inicialmente, um protocolo de analgesia, que pode incluir a utilização de crioterapia, calor local com a utilização de ultra-som, ondas curtas ou outros meios físicos. Posteriormente, são seguidos protocolos de alongamento e fortalecimento da musculatura do antebraço.

O tratamento cirúrgico raramente é necessário, sendo indicado apenas quando após seis a nove meses de tratamento não-cirúrgico sem sucesso.

Exercícios de fortalemcimento na fisioterapia

Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico deve ser realizado por método aberto e consiste na remoção da porção doente dos tendões e criação de uma área bem vascularizada para cicatrização dos tendões remanescentes.

Se houver compressão do nervo ulnar ou lesão ligamentar associada devem ser tratadas no mesmo ato cirúrgico.

Pós Operatório

No período pós-cirurgia, o paciente deve permanecer de 15 a 20 dias imobilizado com tala ou preferencialmente tipóia, além de todo cuidado com batidas que podem ocorre rno dia a dia.

Na sequência é iniciado o tratamento fisioterápico que começara mais leve e deve aumentar gradativamente.

O tempo de recuperação completa gira em torno de 4 meses dessa cirurgia.

CID 10 para Epicondilite Medial

A CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) para Epicondilite medial é a CID 10 M77.0

6 respostas
  1. Bruno Oliveira says:

    Estou com suspeita diagnóstica de epicondilite medial. Já é crônico ( cerca de 2 anos). Evolução lenta e gradual. E a dor está presente apenas ao esforço.

    Conduta:
    – 3 semanas sem exercícios de membros superiores.
    – Celebra 200mg – 1cp/dia por 10 dias
    – Fisioterapia com ultrassom 2x por semana
    – alongamentos diariamente.

    Comecei essa semana o TTO.
    O que acha dessa conduta? Posso fazer algo mais que ajude a melhorar?

    Responder
  2. Maria de Fátima queiroz de oliveira says:

    Bom dia eu fiz uma cirurgia no cotovelo direito com diagnóstico epicondite medial já tem 2 anos pois sinto dor no cotovelo operado e agora começou os mesmos Sinais no cotovelo esquerdo estou preocupada o que devo fazer?

    Responder
  3. Carol Paranhos says:

    Na madrugada do dia 14/12/23 ao levantar para ir ao banheiro, ao apoiar o meu braço esquerdo na cama, para dar impulso para levantar, senti uma dor no cotovelo, que me acompanhou, durante todo o dia.
    Coloquei bolsa de gel gelada, em vários períodos da tarde e a noitinha, e nada resolveu.
    Estou marcada para fazer na manhã do dia 15/12/23, uma ultrassonografia do cotovelo esquerdo.
    Detalhe: Tenho 64 anos, 62Kg, 1.67 de altura, e uso halteres de 2 a 3Kg para fortalecimento dos braços.
    Preocupada com o que pode de grave acontecer.

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